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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Estranho...

Hoje eu estava bem. Mas em alguns momentos eu estava mal. Então a felicidade voltou. Mas a tristeza é tão marrenta e chegou empurrando para bem longe a felicidade.

Sabe aqueles dias que estamos tristes e simplesmente não sabemos o porquê? Então, hoje eu estou assim.
Não entendo porque. Esta tudo bem! Passei para duas faculdades, vou fazer as duas. A família vai bem.
Estou, finalmente, com um namorado que realmente vale a pena (espero não está me enganando novamente).

Mas tenho tanta vontade de chorar.

Essa tristeza vem quando penso no meu pai. TUDO SEMPRE VOLTA NELE.
Sou uma menina privilegiada. Meus problemas são superficiais. Porém, é aquilo, Deus dá a cada um os problemas que conseguem suportar.
No meu caso, todos os meus problemas giram em torno do meu pai. Simplesmente porque não consigo perdoá-lo. Pensei que isso já tivesse passado, mas não passou. Nesses dias, tenho pensado nisso cada vez mais, a cada instante, a cada minuto. Oro, peço a Deus que tire isso do meu coração, mas parece algo impossível de esquecer.

Sei que preciso perdoá-lo, mas como? Gostaria que simplesmente esse sentimento sumisse da minha mente. Mas como? Não consigo escrever decentemente. Não consigo comer. Não consigo trabalhar. Nesses últimos dias não consigo produzir nada que tenha qualidade. Sempre há erros. Se eu conseguisse perdoá-lo os erros sumiriam. Perceberam que andei sumida por uns tempos? Então, agora já sabem o motivo. Nada que escrevo tem qualidade. Assim como esse texto também está uma "droguinha".

É incrível! Minha vida está rodeada por coisas boas. O novo trabalho, o curso, as propostas de trabalho, o novo amor, Deus em minha vida, alegria no meu lar... Mas o meu pai sempre volta a minha mente.

Eu o amo. O amo com todo o meu coração e por amá-lo tanto é que não consigo esquecer. Não consigo perdoá-lo. Afinal, como um pai tão maravilhoso como ele sempre foi pôde ter cometido esse erro tão grande?

Como um pai que sempre foi meu herói pode ter tantos defeitos que eu nunca havia notado antes? Como? Como? Como? A cada letra escrita, é uma lágrima que pinga. Como acreditar? Como aceitar? Como?

Tenho vontade de simplesmente gritar para ele: "hey, você não percebe que não sou mais boba? Não percebe que já se de tudo?". Mas tenho medo. Não dele, mas sim do fato dele se afastar de mim, dele ficar chateado cmg.

O amo tanto que o quero sempre perto de mim, mesmo com todos os defeitos e erros. Esse amor é maior. Porém, ao mesmo tempo que o quero perto, o quero longe, pois quando eu o olho, ou quando ele fala algo, isso me faz lembrar o que aconteceu. E não me permite perdoá-lo. Por mais que todas as minhas células gritem pedindo para que eu o perdoe. Simplesmente não consigo. Assim, começo a chorar.

As pessoas não entendem o que está acontecendo, estou sempre tão animada. sempre tão feliz.
Como posso guardar tudo isso dentro de mim? Ninguém percebe. Nem meu padastro que eh psiquiatra percebe. Meu namorado tbm não enxerga. Mas o que mais me espanta é a minha mãe não perceber. Ela me conhece muito bem. Mas ela também não percebe que eu não estou bem.
Preciso melhorar, preciso de ajudar, preciso perdoá-lo.
Preciso tirar isso do meu coração. Preciso de apenas isso.
Só existe um modo para eu perdoá-lo. Deus sabe qual é.
Tenho certeza que se ele abrir verdadeiramente o seu coração e tiver uma verdadeira transformação de vida...
Creio que assim conseguirei perdoá-lo. Preciso de um milagre de Deus.

"por favor, por favor me ajude!"

Talvez essa crise de consciência da inexistência do perdão esteja se desenvolvendo devido a leitura de um livro que nos faz refletir sobre as nossas vidas. "Comer, Rezar e Amar". Talvez e apenas talvez.

Seja o que for, espero que isso passe.
Preciso ficar bem! Vou perdoá-lo! Sei que Deus vai operar na vida dele.
Afinal,

Nada é impossível par Deus.

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